sábado, 25 de julho de 2009
Principais Pontos Turísticos e HISTÓRIA DA CIDADE de Juazeiro Bahia
HISTÓRIA DA CIDADE
Do antigo porto de passagem de tropeiros e comerciantes que se embrenharam pelo sertão, ficaram, para o registro histórico, os frondosos pés de juazeiro - nome que deu origem ao município - e alguns monumentos da arquitetura civil do século passado. Um próspero comércio se desenvolveu às margens do Rio São Francisco, no principal ponto de divisa entre os estados da Bahia e Pernambuco.
Juazeiro transformou-se em um moderno pólo agro-industrial, com intensa atividade de exportação. A cidade modernizou-se com a urbanização da orla fluvial e com o novo visual dos arcos da ponte Eurico Gaspar Dutra, agora ocupados por pequenos bares e restaurantes.
Significado do Nome
Devido aos Juazeiros, ávores presentes na região, desde a época da fundação.
Aniversário da Cidade
15 de Julho
CARACTERÍSTICAS
Município porto fluvial, situado à margem direita do Rio São Francisco, na divisa com o Estado de Pernanbuco, Juazeiro é um moderno pólo agro-industrial. É considerada a Terra das Carrancas, cara de meio-homem e meio-dragão, usadas pelos barcos que subiam e desciam o São Francisco para afastar os maus espíritos, sombras, olhos dÁgua e o diabo.
Clima
Semi-Árido
Temperatura Média
24,2 ºC
COMO CHEGAR
Sair de Salvador, pela BR-324, até Feira de Santana. A partir daí, deve-se seguir para Capim Grosso, por cerca de 20 Km, onde encontra-se o entroncamento com a BR-116, que dá acesso a Juazeiro.
Localização
Município da Região do Vale do São Francisco no Estado da Bahia
Limites
Curaçá, Sobradinho, Campo, Formoso, Jaguarari, Petrolina (PE) e Lagoa Grande (PE)
Acesso Rodoviário
BR-116
Distâncias
Está a 500 Km de Salvador
TURISMO
Principais Pontos Turísticos
Ilha do Rodeadouro
A 12 Km de distância do Centro de Juazeiro, é uma das mais freqüentadas da região, com praias de areias alvas e excelentes para banho. Com uma razoável infra-estrutura a ilha possui barracas onde os visitantes podem degustar os mais variados pratos da região. Há também espaço para camping, onde as pessoas podem passar os finais de semana usufruindo as belezas naturais do local.A travessia pode ser feita através de barcos localizados às margens do Rio São Francisco no povoado do Rodeadouro ou nas Barcas de passeio que saem todos os finais de semana do cais de Juazeiro até a ilha. Durante o percurso as pessoas curtem música ao vivo enquanto contemplam as paisagens naturais do Velho Chico.
Ilha do Fogo
A ilha está localizada no centro da ponte Presidente Eurico Gaspar Dutra, marca da divisa entre os Estados da Bahia (Juazeiro) e Pernambuco (Petrolina). Possui uma área praiana com terreno acidentado, formado por uma rocha única, de aproximadamente 20 m de altura, onde está fixado um cruzeiro.
Ilha Culpe o Vento
A ilha é deserta e ideal para prática de camping selvagem. O acesso é feito pela rodovia BA 210, que liga Juazeiro a Curaçá, aproximadamente 15 Km até o local da travessia que é feitos por barcos localizados ás margens do Rio.
Ilha de Nossa Senhora
A 2 Km da sede, possui uma exuberante vegetação variada com predominância de mangueiras e cajueiros, área de praias de areias alvas e águas cristalinas. È uma das ilhas mais freqüentadas, devido à beleza das suas praias.
Cachoeira do Salitre
Localizada no Vale do Salitre, na Fazenda Félix, a 39 Km de Juazeiro, a cachoeira com salto de pouco mais de 2 m de altura é excelente para banho e muito apreciada pelas crianças da região, que se divertem nas águas do rio Salitre. O acesso é feito pela BA 210, sentido Sobradinho.
Cachoeira da Gameleira
Também formada pelo rio Salitre, a Cachoeira da Gameleira fica a 68 Km de Juazeiro, escondida entre a vegetação fechada da caatinga. Num cenário paradisíaco, a queda d água escorre entre um canyon, onde predomina um enorme gameleira, cuja as raízes se espalham formando sombra em parte da cachoeira. A profundidade do lago permite saltos do alto da cachoeira de aproximadamente 5 m.
Gruta do Convento
Situada a 100 Km de Juazeiro, é uma aventura imperdível para quem gosta de passeios ecológicos. Cortinas e torres são formadas pelas estalactites e estalagmites que dão forma a Gruta de 40 m de largura e 30 m de altura, composta ainda por dois lagos tornando o cenário mais belo. Para conhecer a Gruta é necessário um guia nativo
EVENTOS
Janeiro
01 - Festa de Bom Jesus dos Navegantes
Fevereiro
- Jua-Feste - Blocos de percurssão e trios elétricos
Abril
- Penitentes - As pessoas se dividem em: Penitentes que caminham fazendo orações pelas almas e chacoalhando um instrumento chamado Matraca; e Disciplinadores, que se martirizam com um chicote provido de uma lâmina na ponta, derramando sangue com o intuito de reduzir os seus pecados.
- Meia Maratona Tiradentes - corrida de 21 Km.
Junho
- Festa do Divino Espírito Santo
Setembro
- FENAGRI - Feira Nacional da Agricultura Irrigada
- Roda de São Gonçalo - Pagamento de promessas com dança diante de um altar com a imagem de São Gonçalo do Amarante, ao som da viola e do pandeiro.
08 - Festa de Nossa Senhora das Grotas - padroeira da Cidade, com procissão.
Outubro
04 - Festa de São Francisco de Assis
- Festa de Nossa Senhora do Rosário - Congos, com hasteamento da bandeira de Nossa Senhora e Missas.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Viva a boa e bela Amizade
Ser Amigo em tempo do individualismo é realmente difícil,mas bem aventurado os que sabem prezervar uma boa e bela amizade.
Feliz dia do amigo....
Feliz dia do amigo....
sexta-feira, 3 de julho de 2009
O Velho, O Menino E A Mulinha.
odete borba O velho chamou o filho e disse: - Vá ao pasto, pegue a bestinha ruana e apronta-se para irmos á cidade, que quero vendê-la.
O menino foi e trouxe a mula. Passou-lhe a raspadeira, escovou-a e partiram os dois a pé, puxando-a pelo cabresto. Queriam que ela chegasse descansada para melhor impressionar os compradores.
De repente, - Esta é boa ! – exclamou um viajante ao avisá-lo. O animal vazio e o pobre velho a pé ! Que despropósito ! Será promessa, penitência ou caduquice ?... E lá se foi, a rir.
O velho achou que o viajante tinha razão e ordenou ao menino:
- Puxa a mula meu filho. Eu vou montado e assim tapo a bôca do mundo.Tapar a bôca do mundo, que bobagem ! O velho compreendeu isso logo adiante, ao passar por um bando de lavadeiras ocupadas em bater roupa num córrego.
- Que graça ! – exclamaram elas. O marmanjão montado com todo o sossêgo e o pobre menino a pé... Há cada pai malvado por este mundo de cristo... Credo !...
O velho danou e, sem dizer palavra, fez sinal ao filho que subisse á garupa. - Quero só ver o que dizem agora...
Viu logo. O Izé Biriba, estafêta do correio, cruzou com eles e exclamou: - Que idiotas ! Querem vender o animal e montam os dois de uma vez... assim, meu velho, o que chega á cidade não é mais a mulinha; é a sombra da mulinha...
- Ele tem razão, meu filho, precisamos não judiar do animal. Eu apeio e você, que é levezinho, vai montado.
Assim fizeram, e caminharam em paz um quilômetro, até o encontro dum sujeito que tirou o chapéu e saudou o pequeno respeitosamente.
- Bom dia, príncipe !
- Por que, príncipe ? – indagou o menino.
- É boa ! Porque só príncipes andam assim de lacaio á rédia...
- Lacaio, eu ? – esbravejou o velho. Que desafôro ! Desce, meu filho e carreguemos o burro ás costas. Talvez isto contente o mundo...
Nem assim. Um grupo de rapazes, vendo a estranha cavalgada, acudiu em tumulto, com vaias:
- Hu ! Hu ! Olha a trmpe de três burros, dois de dois pés e um de quatro ! Resta saber qual dos três é o mais burro...
- Sou eu ! replicou o velho, arriando a carga. Sou eu, porque venho há uma hora fazendo não o que quero mas o que quer o mundo. Daqui em diante, porém, farei o que me manda a consciência, pouco me importando que o mundo concorde ou não. Já vi que morre doido quem procura contentar toda gente...
O menino foi e trouxe a mula. Passou-lhe a raspadeira, escovou-a e partiram os dois a pé, puxando-a pelo cabresto. Queriam que ela chegasse descansada para melhor impressionar os compradores.
De repente, - Esta é boa ! – exclamou um viajante ao avisá-lo. O animal vazio e o pobre velho a pé ! Que despropósito ! Será promessa, penitência ou caduquice ?... E lá se foi, a rir.
O velho achou que o viajante tinha razão e ordenou ao menino:
- Puxa a mula meu filho. Eu vou montado e assim tapo a bôca do mundo.Tapar a bôca do mundo, que bobagem ! O velho compreendeu isso logo adiante, ao passar por um bando de lavadeiras ocupadas em bater roupa num córrego.
- Que graça ! – exclamaram elas. O marmanjão montado com todo o sossêgo e o pobre menino a pé... Há cada pai malvado por este mundo de cristo... Credo !...
O velho danou e, sem dizer palavra, fez sinal ao filho que subisse á garupa. - Quero só ver o que dizem agora...
Viu logo. O Izé Biriba, estafêta do correio, cruzou com eles e exclamou: - Que idiotas ! Querem vender o animal e montam os dois de uma vez... assim, meu velho, o que chega á cidade não é mais a mulinha; é a sombra da mulinha...
- Ele tem razão, meu filho, precisamos não judiar do animal. Eu apeio e você, que é levezinho, vai montado.
Assim fizeram, e caminharam em paz um quilômetro, até o encontro dum sujeito que tirou o chapéu e saudou o pequeno respeitosamente.
- Bom dia, príncipe !
- Por que, príncipe ? – indagou o menino.
- É boa ! Porque só príncipes andam assim de lacaio á rédia...
- Lacaio, eu ? – esbravejou o velho. Que desafôro ! Desce, meu filho e carreguemos o burro ás costas. Talvez isto contente o mundo...
Nem assim. Um grupo de rapazes, vendo a estranha cavalgada, acudiu em tumulto, com vaias:
- Hu ! Hu ! Olha a trmpe de três burros, dois de dois pés e um de quatro ! Resta saber qual dos três é o mais burro...
- Sou eu ! replicou o velho, arriando a carga. Sou eu, porque venho há uma hora fazendo não o que quero mas o que quer o mundo. Daqui em diante, porém, farei o que me manda a consciência, pouco me importando que o mundo concorde ou não. Já vi que morre doido quem procura contentar toda gente...
Moral
Moral deriva do latim mores, que significa "relativo aos costumes". Seria importante referir, ainda, quanto à etimologia da palavra "moral", que esta se originou a partir do intento de os romanos traduzirem a palavra grega êthica.
"Moral" não traduz, no entanto, por completo, a palavra grega originária. É que êthica possuía, para o gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava de êthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma ação genuinamente humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral, ou seja, êthos remete-nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro lado, êthica significava também éthos, remetendo-nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa na assimilação social dos valores.
A tradução latina do termo êthica para mores "esqueceu" o sentido de êthos (a dimensão pessoal do acto humano), privilegiando o sentido comunitário da atitude valorativa. Dessa tradução incompleta resulta a confusão que muitos, hoje, fazem entre os termos ética e moral.
A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não existem costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual (a sociedade é um produto de individualidades). Da ética individual se passa a um valor social, e deste, quando devidamente enraizado numa sociedade, se passa à lei. Assim, pode-se afirmar, seguindo este raciocínio, que não existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce.
Alguns dicionários definem moral como "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada" (Aurélio Buarque de Hollanda), ou seja, regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo.
Moral e Direito
Moral é um conjunto de regras no convívio. O seu campo de aplicação é maior do que o campo do Direito. Nem todas as regras Morais são regras jurídicas. O campo da moral é mais amplo. A semelhança que o Direito tem com a Moral é que ambas são formas de controle social.
Existem algumas teorias que podem explicar melhor o campo de aplicação entre o Direito e Moral, quais sejam:
Teoria dos círculos secantes de Claude du Pasquier, segundo a qual Direito e Moral coexistem, não se separam, pois há um campo de competência comum onde há regras com qualidade jurídica e que têm caráter moral. Toda norma júridica tem conteúdo moral, mas nem todo conteúdo moral tem conteúdo jurídico;
Teoria dos círculos concêntricos (Jeremy Bentham), segundo a qual a ordem jurídica estaria incluída totalmente no campo da Moral. Os dois círculos (Moral e Direito) seriam concêntricos, com o maior pertencendo à Moral. Assim, o campo moral é mais amplo do que o do Direito e este se subordina à Moral.
Teoria do mínimo ético, desenvolvida por Georg Jellinek, segundo a qual o Direito representa apenas o mínimo de Moral obrigatório para que a sociedade possa sobreviver.
Moral significa, portanto, valor relativo ou absoluto da conduta humana dentro de um espaço de tempo. Também pode ser considerado como tudo aquilo que promove o homem de uma forma integral e integrada. Integral significa a plena realização do homem, e integrada, o condicionamento a idêntico interesse do próximo. Dentro desta concepção constitui-se como um bem o que não comprometa o desenvolvimento integral do homem e nem afete igual interesse dos membros da sociedade.
" Os egípcios, os babilônios, os chineses e os próprios gregos não distinguem o direito da moral e da religião. Para eles o direito se confunde com os costumes sociais. Moral, religião e direito são confundidos. Nos códigos antigos, encontramos não só preceitos jurídicos, como, também, prescrições morais e religiosas. O direito nesse tempo ainda não havia adquirido autonomia, talvez porque, como nota Roubier, 'nas sociedades antigas, a severidade dos costumes e a coação religiosa permitiram obter espontaneamente o que o direito só conseguiu mais tarde', com muita coerção."
Conclui-se que a moral vem antes do Direito, ou da ciência do Direito.
“Os romanos, organizadores do direito, definindo-o sob a influência da filosofia grega, consideraram-no como ars boni et aequi. (arte do bom e equitativo). O grande jurisconsulto Paulo, talvez compreendendo a particularidade do direito, sustentou que non omne quod licet honestum est. [1] Nem tudo que é lícito é honesto. Nem tudo que é legal é moral. O permitido pelo direito nem sempre está de acordo com a moral.”
“A moral tem por objeto o comportamento humano regido por regras e valores morais, que se encontram gravados em nossas consciências, e em nenhum código, comportamento resultante de decisão da vontade que torna o homem, por ser livre, responsável por sua culpa quando agir contra as regras morais.”
“O direito é:
heterônomo: por ser imposto ou garantido pela autoridade competente, mesmo contra a vontade de seus destinatários
bilateral: em virtude de se operar entre indivíduos (partes) que se colocam como sujeitos, um de direitos e outro de obrigações.
coercível: porque o dever jurídico deve ser cumprido sob pena de sofrer o devedor os efeitos da sanção organizada, aplicável pelos órgãos especializados da sociedade.
A moral é:
- autônoma pois é imposta pela consciência ao homem.
- unilateral: por dizer respeito apenas ao indivíduo.
- incoercível: o dever moral não é exigível por ninguém, reduzindo-se a dever de consciência.”
"Moral" não traduz, no entanto, por completo, a palavra grega originária. É que êthica possuía, para o gregos, dois sentidos complementares: o primeiro derivava de êthos e significava, numa palavra, a interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma ação genuinamente humana e que brota a partir de dentro do sujeito moral, ou seja, êthos remete-nos para o âmago do agir, para a intenção. Por outro lado, êthica significava também éthos, remetendo-nos para a questão dos hábitos, costumes, usos e regras, o que se materializa na assimilação social dos valores.
A tradução latina do termo êthica para mores "esqueceu" o sentido de êthos (a dimensão pessoal do acto humano), privilegiando o sentido comunitário da atitude valorativa. Dessa tradução incompleta resulta a confusão que muitos, hoje, fazem entre os termos ética e moral.
A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não existem costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual (a sociedade é um produto de individualidades). Da ética individual se passa a um valor social, e deste, quando devidamente enraizado numa sociedade, se passa à lei. Assim, pode-se afirmar, seguindo este raciocínio, que não existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce.
Alguns dicionários definem moral como "conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, éticas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupos ou pessoa determinada" (Aurélio Buarque de Hollanda), ou seja, regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas durante determinados períodos de tempo.
Moral e Direito
Moral é um conjunto de regras no convívio. O seu campo de aplicação é maior do que o campo do Direito. Nem todas as regras Morais são regras jurídicas. O campo da moral é mais amplo. A semelhança que o Direito tem com a Moral é que ambas são formas de controle social.
Existem algumas teorias que podem explicar melhor o campo de aplicação entre o Direito e Moral, quais sejam:
Teoria dos círculos secantes de Claude du Pasquier, segundo a qual Direito e Moral coexistem, não se separam, pois há um campo de competência comum onde há regras com qualidade jurídica e que têm caráter moral. Toda norma júridica tem conteúdo moral, mas nem todo conteúdo moral tem conteúdo jurídico;
Teoria dos círculos concêntricos (Jeremy Bentham), segundo a qual a ordem jurídica estaria incluída totalmente no campo da Moral. Os dois círculos (Moral e Direito) seriam concêntricos, com o maior pertencendo à Moral. Assim, o campo moral é mais amplo do que o do Direito e este se subordina à Moral.
Teoria do mínimo ético, desenvolvida por Georg Jellinek, segundo a qual o Direito representa apenas o mínimo de Moral obrigatório para que a sociedade possa sobreviver.
Moral significa, portanto, valor relativo ou absoluto da conduta humana dentro de um espaço de tempo. Também pode ser considerado como tudo aquilo que promove o homem de uma forma integral e integrada. Integral significa a plena realização do homem, e integrada, o condicionamento a idêntico interesse do próximo. Dentro desta concepção constitui-se como um bem o que não comprometa o desenvolvimento integral do homem e nem afete igual interesse dos membros da sociedade.
" Os egípcios, os babilônios, os chineses e os próprios gregos não distinguem o direito da moral e da religião. Para eles o direito se confunde com os costumes sociais. Moral, religião e direito são confundidos. Nos códigos antigos, encontramos não só preceitos jurídicos, como, também, prescrições morais e religiosas. O direito nesse tempo ainda não havia adquirido autonomia, talvez porque, como nota Roubier, 'nas sociedades antigas, a severidade dos costumes e a coação religiosa permitiram obter espontaneamente o que o direito só conseguiu mais tarde', com muita coerção."
Conclui-se que a moral vem antes do Direito, ou da ciência do Direito.
“Os romanos, organizadores do direito, definindo-o sob a influência da filosofia grega, consideraram-no como ars boni et aequi. (arte do bom e equitativo). O grande jurisconsulto Paulo, talvez compreendendo a particularidade do direito, sustentou que non omne quod licet honestum est. [1] Nem tudo que é lícito é honesto. Nem tudo que é legal é moral. O permitido pelo direito nem sempre está de acordo com a moral.”
“A moral tem por objeto o comportamento humano regido por regras e valores morais, que se encontram gravados em nossas consciências, e em nenhum código, comportamento resultante de decisão da vontade que torna o homem, por ser livre, responsável por sua culpa quando agir contra as regras morais.”
“O direito é:
heterônomo: por ser imposto ou garantido pela autoridade competente, mesmo contra a vontade de seus destinatários
bilateral: em virtude de se operar entre indivíduos (partes) que se colocam como sujeitos, um de direitos e outro de obrigações.
coercível: porque o dever jurídico deve ser cumprido sob pena de sofrer o devedor os efeitos da sanção organizada, aplicável pelos órgãos especializados da sociedade.
A moral é:
- autônoma pois é imposta pela consciência ao homem.
- unilateral: por dizer respeito apenas ao indivíduo.
- incoercível: o dever moral não é exigível por ninguém, reduzindo-se a dever de consciência.”
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