segunda-feira, 22 de julho de 2013

Vida e obra de Jorge Amado






        Nasceu em 10 de agosto de 1912, em Itabuna, na Bahia, filho de João Amado de Faria e Eulália Leal. Aos dois anos, a família mudou-se para Ilhéus, onde o menino passou a infância e viveu experiências que marcariam sua literatura: a vida no mar, o universo da cultura do cacau e as disputas por terra. Começou a escrever profissionalmente como repórter aos catorze anos, em veículos como Diário da Bahia, O Imparcial e O Jornal. Na década de 1930 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde estudou direito e travou contato com artistas e intelectuais de esquerda, como Raul Bopp, Rachel de Queiroz, Gilberto Freyre, Graciliano Ramos, Vinicius de Moraes e José Lins do Rego. Estreou com o romanceO país do Carnaval (1931). Durante o Estado Novo (1937-45), devido à sua intensa militância política, sofreu censuras, perseguições e chegou a ser detido algumas vezes. Foi eleito deputado federal pelo PCB em 1945. Entre os projetos de lei de sua autoria, estava o que instituía a liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, conheceu Zélia Gattai, com quem se casou, teve dois filhos, João Jorge e Paloma, e viveu até os últimos dias. Nas décadas de 1940 e 50, viajou pela América Latina, Leste Europeu e União Soviética. Escreveu então seus livros mais engajados, como a biografia de Luís Carlos Prestes e a do poeta Castro Alves, além da trilogia Os subterrâneos da liberdade. Rompeu com o PCB nos anos 1950. A partir de então, sua literatura passou a dar mais relevo ao humor, à sensualidade, à miscigenação e ao sincretismo religioso, em livros como Gabriela, cravo e canela (1958), Tenda dos Milagres (1969), Tieta do Agreste (1977). Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1961, e ganhou prêmios importantes da literatura em língua portuguesa, como o Camões (1995), o Jabuti (1959 e 1997) e o do Ministério da Cultura (1997). A partir da década de 1980, passou a viver entre Salvador e Paris. Sua obra está publicada em mais de cinquenta países e foi adaptada com sucesso para o rádio, o cinema, a televisão e o teatro, transformando seus personagens em parte indissociável da vida brasileira. Jorge Amado morreu em 2001, alguns dias antes de completar 89 anos.
 ABC DE CASTRO ALVES (2010) – Autor
 AGONIA DA NOITE (2011) – Autor
 O AMOR DO SOLDADO (2011) – Autor
 OS ÁSPEROS TEMPOS (2011) – Autor
 BAHIA DE TODOS-OS-SANTOS (2012) – Autor
 A BOLA E O GOLEIRO (2008) – Autor
 CACAU (2010) – Autor
 CAPITÃES DA AREIA (2008) – Autor
 O CAVALEIRO DA ESPERANÇA (2011) – Autor
 O COMPADRE DE OGUM (2012) - Autor O CONTADOR DE HISTÓRIAS (2012) – Autor
 DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS (2008) – Autor
 ESSENCIAL JORGE AMADO (2010) – Autor
 GABRIELA CRAVO E CANELA (2008) – Autor
 HORA DA GUERRA (2008) – Autor
 JUBIABÁ (2008) – Autor
 JUBIABÁ (QUADRINHOS) (2009) – Autor
 A LUZ NO TÚNEL (2011) – Autor
 MAR MORTO (2008) – Autor
 MAR MORTO (EDIÇÃO DE BOLSO) (2012) – Autor
 O MENINO GRAPIÚNA (2010) – Autor
 O MILAGRE DOS PÁSSAROS (2008) – Autor
 NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM (2012) – Autor
 O PAÍS DO CARNAVAL (2011) – Autor
 OS PASTORES DA NOITE (2009) – Autor
 SÃO JORGE DOS ILHÉUS (2010) – Autor
 SEARA VERMELHA (2009) – Autor
 O SUMIÇO DA SANTA (2010) – Autor
 SUOR (2011) – Autor
 TENDA DOS MILAGRES (2008) – Autor
 TERRAS DO SEM-FIM (2008) – Autor
 TIETA DO AGRESTE (2009) – Autor
 TOCAIA GRANDE (2008) – Autor




                                                            TIETA DO AGRESTE (2009)

Fogosa pastora de cabras e namoradora de homens, a adolescente Tieta é surrada pelo pai e expulsa de Santana do Agreste graças à delação de suas aventuras eróticas por parte da irmã mais velha, a pudica e reprimida Perpétua. Um quarto de século depois, rica quarentona, Tieta retorna em triunfo ao vilarejo, no interior da Bahia. Com dinheiro e influência política, ajuda a família e traz benefícios à comunidade, entre eles a luz elétrica.
Para os parentes e amigos de Agreste, Tieta enriqueceu no sul ao se casar com um industrial e comendador. Mas aos poucos o narrador vai plantando no leitor a dúvida, o descrédito, até revelar a história oculta da protagonista: Tieta se prostituíra e virara cafetina em São Paulo, razão de sua riqueza e de seu trânsito entre os poderosos. Nesse acerto de contas com o passado, ela acaba se envolvendo na acirrada disputa em torno do futuro do lugarejo.
Publicado em 1977, o romance foi adaptado com sucesso para a televisão e o cinema. A narrativa descontínua, feita de avanços, recuos e mudanças do ponto de vista, atesta a maturidade literária de Jorge Amado e mantém até hoje o impacto e o frescor.

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