É uma tradicional
comemoração de origem africana e no balanço das águas chegou até Juazeiro
Bahia, passando hoje do centenário, segundo comentário de dona Maria Cardosoda
Silva, moradora do Alto do Cruzeiro, acompanha os congos desde criança quando
tinha 12 anos, hoje tem 88 anos, os ensaios aconteciam na Rua Ramiro Ribeiro na
casa do finado Cipriano e era bem animado com barracas de diversas comidas e
durante acontecia leilões e além do mais existia uma caixa que tocavam pelo
interior tirando esmolas a fim de contribuir com as festividades. Os cânticos
eram puxados por Cassiano e os demais guias, no complemento a fala de Dona
Maria o marujo Carlinhos, que hoje mora em sobradinho, informou que tinha muito
animação, pois quanto errava um passo eram cobrados pelo Cipriano através de
uma chicotada e na época os congos mais velhos traziam as crianças na cacunda
quando a viagem era longa. O povo gostava bastante e os ensaios sempre eram lotados.
Apesar de algumas mudanças, a exemplo do dia da festa e a ausência da procissão,
a turma continua animada mantendo certas características da festa, como ir bem
cedo participar da missa juntamente com as zeladoras da igreja, confraria de
Nossa Senhora do Rosário. Quem organiza, hoje, é José Pereira Filho, Zé Govéio,
neto de Cipriano, a rainha mais velha é Maria do Carmo Silva Santos que escolhe
os reis mirins, sendo esse ano: rei mirim Pierry Lorran e a rainha Ingridy
Lorrany, netos de Doutorzinho, o senhor Antonio de Lima. A fé é uma característica
indelével da festa,demonstrada na mais
simples forma até a mais significativa.Por tratar nisso,tem a Senhora Deijinha
que em expressão de fé oferece o almoço
todo ano a turma dos congos e pessoas a fins,tem outro exemplo como o
jovem Guga que sai cumprindo uma promessa de sua falecida mãe,em memória a
senhora Raimunda,na época sofria de varizes e sendo agraciada na cura o seu
filho desde os 14 anos de idade começou a brincar congo,hoje um dos guias da
equipe por dedicação,entre outros gestos.Outra expressão de fé é o carinho do
povo pela bandeira fotografada a imagem de Nossa Senhora do Rosário que é
beijada e acolhida.A festa expande com
visitas nas residências de congos e ex-congos,além de pessoas amigas de membros,
posteriormente segue visitando cemitério e com sentimento de satisfação e
hesitação dar concluída a festividade, mas como a empolgação é incomensurável seguem
visitando amigos que irão fomentando convites. É uma tradição entusiasmante que
direta e indiretamente envolve as pessoas. Na Paróquia já ficou acertado, todo
ultimo domingo de outubro festeja-se a festa do Rosário, agora com o apoio
exclusivo de D.José Geraldo, bispo da Cidade e Diocese.
Nenhum comentário:
Postar um comentário